Estudo relaciona ansiedade e depressão com treinamento de força em idosos
Departamento de Educação Física
atualizado 5 meses atrás
Ex-aluno do Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física UEL/UEM, Paolo Cunha publicou recentemente artigo na revista Psychiatry Research, demonstrando que a prática do treinamento de força (musculação) pode provocar a diminuição dos sintomas de ansiedade e depressão em idosos. As evidências foram construídas com base em mais de 200 artigos revisados sobre essa temática e somam-se aos já conhecidos benefícios do treinamento de força para a população idosa, tais como o ganho de força e massa muscular, redução da gordura corporal, melhoria da autonomia funcional e, consequentemente, diminuição no risco de quedas e fraturas, entre tantos outros. Paolo atualmente faz pós-doutorado no Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, em São Paulo.
O professor do Departamento de Educação Física da UEL Edilson Serpeloni Cyrino, coordenador do Grupo de Estudo e Pesquisa em Metabolismo, Nutrição e Exercício (Gepemene), do Centro de Educação Física e Esporte (Cefe) da UEL e responsável pelo Active Aging Longitudinal Study, é um dos colaboradores do estudo. Ele afirma que a repercussão da investigação se deve à importância da temática relacionada à saúde mental e, também, por ter sido publicada em uma revista de alto impacto científico.
O trabalho recebeu destaque no site da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e em veículos de comunicação de circulação nacional, como CNN Brasil, Estadão e nos portais do governo do estado de São Paulo e Metrópoles. De acordo com professor Cyrino, as informações publicadas são bastante promissoras para a prevenção e tratamento de doenças psiconeurológicas que afetam a saúde mental.
“Acreditamos que a prática do treinamento de força, junto com o aumento da interação social provocada por projetos envolvendo grupos de idosos, possa ser o grande diferencial para os resultados encontrados”, afirma o pesquisador. A preservação de uma boa saúde mental é fundamental para um envelhecimento bem sucedido, uma vez que influencia a qualidade de vida, autonomia e longevidade. Nesse sentido, a prática de exercícios físicos em grupo ocupa um papel de destaque nesse processo, segundo o professor, pois se tratar de uma estratégia não farmacológica, com baixo risco de efeitos colaterais, eficaz, segura e que pode auxiliar na redução dos custos financeiros com consultas médicas, uso de medicamentos, internações e cirurgias de urgência.