Universidade tem 25 projetos aprovados na Chamada Universal do CNPq

Departamento de Ciências Patológicas


atualizado 3 semanas atrás


A Universidade Estadual de Londrina celebra a aprovação de 25 projetos de pesquisa na Chamada Pública Universal nº 10/2023, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (CNPq/MCTI). Com o resultado, mais R$ 2,3 milhões em recursos do Governo Federal serão investidos no custeio das ações realizadas pelos grupos de pesquisa da UEL, o que envolve a aquisição de materiais e equipamentos, contratação de serviços, passagens e diárias e a concessão de bolsas nas modalidades Iniciação Científica (IC), Iniciação Tecnológica Industrial (ITI), Desenvolvimento Tecnológico Industrial (DTI) e Apoio Técnico (AT). A lista com os nomes dos proponentes e os recursos aprovados está disponível no final desta reportagem. 

Por meio da Chamada Pública, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação liberou mais de R$ 300 milhões para cerca de 2,7 mil projetos em todas as áreas do conhecimento, alocados em instituições de todo o País. As propostas de pesquisa foram divididas em Faixa A, destinada a grupos emergentes com pelo menos três doutores, e Faixa B, para grupos consolidados que possuem entre seus membros, no mínimo, cinco doutores atuantes em ao menos duas instituições distintas. Os investimentos para cada projeto foram de até R$ 165 mil e R$ 275 mil, respectivamente.

Já as sete universidades estaduais do Paraná somam 72 projetos, atingindo o total de R$ 6,2 milhões. O estado é o quinto do País em valores e quantidade de projetos aprovados na Chamada Pública Universal, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande de Sul e Minas Gerais.

Aplicação

Um dos projetos aprovados tem o objetivo de avaliar os parâmetros metabólicos, reprodutivos, cardiovasculares, renais e inflamatórios em recém-nascidos cujas mães receberam a suplementação nutricional de vitamina C durante a gestação e a lactação. O objetivo é avaliar se a vitamina pode ser uma boa estratégia de prevenção de danos oxidativos e comorbidades nos bebês, principalmente no caso de famílias e indivíduos obesos. O projeto é coordenado pelo docente do Departamento de Ciências Fisiológicas (CCB), Ernane Torres Uchôa, e está inserido na Faixa A na Chamada Universal. 

Uchoa reforça que a obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo e o tempo de duração prolongado da condição física – da infância à vida adulta – está diretamente associado à piora de uma série de comorbidades de natureza metabólica, reprodutiva, cardiovascular, renal e inflamatória. “A obesidade é considerada um estado inflamatório de baixo grau e está associada ao aumento do estresse oxidativo. A vitamina C pode ser usada para atenuar o estresse oxidativo e inflamação em várias doenças e o tratamento materno com vitamina C durante a gestação e lactação tem sido utilizado para prevenir danos oxidativos e comorbidades na prole em diversos modelos experimentais”, explica o professor.

Além da sua relevância para a área, a proposta que trata da obesidade infantil está em consonância com os Objetivos de Prevenção e Controle de Doenças Crônicas não transmissíveis almejado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Organização das Nações Unidas (ONU). 

esta forma, os recursos aprovados – R$ 100 mil – irão custear a aquisição de itens para a realização de protocolos experimentais necessários à condução das pesquisas. Tais como maravalha (aparas de madeira) e ração para ratos, material plástico descartável, seringas, agulhas e material cirúrgico, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), reagentes, kits para dosagens bioquímicas e hormonais, recarga e mistura carbogênica e diversos insumos. 

Ele também explica que parte da verba será destinada à mobilidade e estada de estudantes e pesquisadoras entre as cidades de Londrina e Ribeirão Preto, e outras cujos integrantes do grupo possuem colaborações inerentes à realização do projeto. “Outra parte também será usada no desenvolvimento de atividades de extensão, ou seja, a confecção de materiais educativos e de apoio, além do pagamento de serviços de terceiros, como o conserto e manutenção de equipamentos”, explica.

Integram o grupo de pesquisa os seguintes professores e pesquisadores do Departamento de Ciências Fisiológicas da UEL: Ana Luiza Machado Wunderlich, Andressa de Freitas Mendes Dionísio, Camila Borecki Vidigal, Cássia Thaís B. V. Zaia, Gisele Lopes Bertolini, Gislaine Garcia Pelosi Gomes, Graziela Scalianti Ceravolo e Priscila Cassola, além das pesquisadoras Cristiane Mota Leite (Unopar) e Lucila Leico Kagohara Elias (USP Ribeirão Preto). 

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