Professora da UEL usa jogos que estimulam raciocínio lógico e criatividade
Departamento de Estudo do Movimento Humano
atualizado 5 meses atrás
Usar jogos de tabuleiros antigos para estimular o processo de ensino e de aprendizagem na formação de futuros professores de Educação Física. A iniciativa é da professora Gisele Franco de Lima Santos, do Departamento de Estudos do Movimento Humano, do Centro de Educação Física e Esporte (CEFE), que trabalha com seis diferentes jogos na disciplina “Jogo, Educação Física e Educação”, do 3º ano.
Conforme a professora, são usados jogos de tabuleiro com origem antiga, antes mesmo de Cristo, como Real de UR (4.000 a.C), Senet (4.000 a.C.), Mancala (2.000 a.C) e Yoté (1.000 a.C). Dois outros jogos são datados da Idade Média, por volta dos anos 1400, como Fanorama e Gamão. Segundo ela, esses jogos têm origem africana e asiática.
A professora estimula que os graduandos de Educação Física possam adaptar o jogo para ser disputado na quadra e as peças dos tabuleiros serem os próprios estudantes. Além disso, a produção do tabuleiro pode, também, ser realizado pelos grupos que pesquisam material para a confecção do jogo.
Ela lembra que os jogos são, geralmente, associados à não seriedade, mas que eram concebidos para nobres e adultos. A professora cita o caso do Senet em que faraós, do Egito Antigo, aprendiam as regras porque acreditavam que, segundo ela, quando morressem teriam de disputar partida com o deus Rá, para fazer a passagem. “Por isso, os jogos não eram coisa de criança, mas de adultos e nobres”, afirma a professora. Ela defendeu a tese “O processo de civilização do jogo”, em 2012, para o doutorado em Educação pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Marília.