Mutirão de Espirometria no HU marca Dia Mundial de Combate à Asma

Departamento de Clínica Médica


atualizado 2 meses atrás


Em evento para marcar o Dia Mundial de Combate à Asma, comemorado no dia 2 de maio, foi realizado nesta semana o Mutirão de Espirometria, no Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário (AEHU). A expectativa é de que sejam atendidos até final de desta sexta (28) 210 pacientes.

Segundo a docente de Pneumologia do Departamento de Clínica Médica (CCS) Fátima Chibana Soares, coordenadora do Ambulatório de Asma Grave e do Centro Aplicador de Imunológicos para Asma do Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário (AEHU), a data é de grande importância, pois a asma é a terceira causa de hospitalização no Sistema Único de Saúde (SUS), afetando principalmente crianças menores de 10 anos. “Infelizmente, a asma ainda mata de 3 a 5 brasileiros por dia, sendo que muitas dessas mortes poderiam ser evitadas, já que a doença tem tratamento disponível”, afirma a pneumologista.

Fátima Chibana explica que a asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores. Entre os principais sintomas estão a tosse persistente, o chiado no peito e a falta de ar. Esses sintomas podem ser desencadeados por diversos fatores, como poeira, bolor, pólen, produtos químicos, cigarro, exercício físico e estresse, além de outros alérgenos.

A asma também pode estar associada a outras doenças alérgicas, como a rinite e a dermatite. No Brasil, estima-se que 20% a 23% da população sejam asmáticas, porém apenas 12% têm o diagnóstico da doença e, desses pacientes, menos da metade está bem controlada ou adequadamente tratada. “Diante desse cenário, o Ambulatório de Asma Grave do HU realiza um mutirão de espirometria, um exame importante para o acompanhamento e classificação da gravidade da asma e de outras doenças pulmonares”, explica.

Desde 2012, o AEHU/UEL conta com o Ambulatório de Asma Grave e um Centro Aplicador de Imunobiológicos para Asma, que atendem os cerca de 500 pacientes asmáticos (cadastrados, dos quais em torno de 100 recebem imunobiológicos) regularmente. No entanto, para a pneumologista, essa iniciativa ainda não é suficiente para atender toda a demanda da região, já que muitos asmáticos ainda não recebem o tratamento adequado e alguns sequer diagnosticaram a doença. 

Leia também